Escrevo...
Escrevo este nostálgico poema
Quando os pássaros dão lugar às mariposas noturnas
E o descorado sol esconde-se nas nuvens de outono
Sob os blefes de um bêbado ladrão sonhador
Escrevo este poema
quando os archotes do palco cessam o ardume, e a claque desvanece;
quando os tortuosos artistas saem de suas tortuosas sepulturas de alabastro
- profanadas de veneno suicida
Escrevo este poema
Quando embora, muito embora a multidão desfaleça
(Em espuma espiralada de vapor e quimera
Preenche-se de fulgor a antiga aldeia
Antes coalhada de peregrinos sem semblante
- Soldados de máscara acéfala degenerescente
Em busca da combustão de estrela e pélago
Escrevo este poema
Quando as divindades das artes
Descem obliquamente de seus palácios na abóbada palatina
Para fulgurar entre os miseráveis mortais de tal aldeia costeira
- Capão da Canoa
Para regar de cultura e sabedoria em toda auréola de prestígio e criação
Escrevo este poema
Quando a simplicidade provinciana, rude, agreste e vasqueira
Cria nas mais humildes fórmulas de beleza e imaginação
A cultura - irreal - fantasmagórica de tanto medo e alienação;
-alienada - de tanto delírio e devassidão;
-ingênua - de tanta infantilidade e coração;
-jocosa - de tanta essência, inocência, indefinição.
Escrevo este poema
quando as cortinas de fogo e os carpetes de água
dão lugar as feiras, ofertadas de conhecimento e ciência
quando as bailados ecoam nos salões de baile
- e bailam as bêbadas bailarinas cambaleantes...
Quando os cantos são ouvidos em vívidos cânticos em cada canto da cidade
Escrevo este poema
Quando as luzes se apagam até ficarem realmente baixas
E fugirem para o meu quarto, esconderem-se com os meus monstros
- debaixo da cama
Quando as luzes soluçam-me histórias e lendas de uma vilinha presa
(e personificada em cativo refém
de um grande burgo (imponente senhor feudal chamado Osório
foge, viaja e topa com uma feiticeira – avocada Oceano
que o transforma em cidadezinha e o une ao seu jardim de areia
Escrevo este poema
Quando as luzes começam a ascender
Quando estes brilhos escorregam pela janela
Enquanto adormeço de joelhos
Andando na trilha para a terra dos sonhos
Enquanto os grilos vêem até em casa e cantam sua sinfonia
Enquanto todos os anos passados em Seminário universal das Saudades reúnem-se
- e correm
Correm para onde ainda me encontro dormindo de joelhos
Na pequena aldeia costeira, onde trovões e relâmpagos
Em redenção mantém o céu limpo
Para fugirmos e nos perdermos e depois começarmos de novo.
Porque enquanto eles precisam de máquinas,
nós só precisamos de uma rua escura, um piano e uma guitarra.
Andreza Cabrini 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo
1º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia
Escrevo este nostálgico poema
Quando os pássaros dão lugar às mariposas noturnas
E o descorado sol esconde-se nas nuvens de outono
Sob os blefes de um bêbado ladrão sonhador
Escrevo este poema
quando os archotes do palco cessam o ardume, e a claque desvanece;
quando os tortuosos artistas saem de suas tortuosas sepulturas de alabastro
- profanadas de veneno suicida
Escrevo este poema
Quando embora, muito embora a multidão desfaleça
(Em espuma espiralada de vapor e quimera
Preenche-se de fulgor a antiga aldeia
Antes coalhada de peregrinos sem semblante
- Soldados de máscara acéfala degenerescente
Em busca da combustão de estrela e pélago
Escrevo este poema
Quando as divindades das artes
Descem obliquamente de seus palácios na abóbada palatina
Para fulgurar entre os miseráveis mortais de tal aldeia costeira
- Capão da Canoa
Para regar de cultura e sabedoria em toda auréola de prestígio e criação
Escrevo este poema
Quando a simplicidade provinciana, rude, agreste e vasqueira
Cria nas mais humildes fórmulas de beleza e imaginação
A cultura - irreal - fantasmagórica de tanto medo e alienação;
-alienada - de tanto delírio e devassidão;
-ingênua - de tanta infantilidade e coração;
-jocosa - de tanta essência, inocência, indefinição.
Escrevo este poema
quando as cortinas de fogo e os carpetes de água
dão lugar as feiras, ofertadas de conhecimento e ciência
quando as bailados ecoam nos salões de baile
- e bailam as bêbadas bailarinas cambaleantes...
Quando os cantos são ouvidos em vívidos cânticos em cada canto da cidade
Escrevo este poema
Quando as luzes se apagam até ficarem realmente baixas
E fugirem para o meu quarto, esconderem-se com os meus monstros
- debaixo da cama
Quando as luzes soluçam-me histórias e lendas de uma vilinha presa
(e personificada em cativo refém
de um grande burgo (imponente senhor feudal chamado Osório
foge, viaja e topa com uma feiticeira – avocada Oceano
que o transforma em cidadezinha e o une ao seu jardim de areia
Escrevo este poema
Quando as luzes começam a ascender
Quando estes brilhos escorregam pela janela
Enquanto adormeço de joelhos
Andando na trilha para a terra dos sonhos
Enquanto os grilos vêem até em casa e cantam sua sinfonia
Enquanto todos os anos passados em Seminário universal das Saudades reúnem-se
- e correm
Correm para onde ainda me encontro dormindo de joelhos
Na pequena aldeia costeira, onde trovões e relâmpagos
Em redenção mantém o céu limpo
Para fugirmos e nos perdermos e depois começarmos de novo.
Porque enquanto eles precisam de máquinas,
nós só precisamos de uma rua escura, um piano e uma guitarra.
Andreza Cabrini 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo
1º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia
Capão da Canoa
A calma aquietante de alvas espumas
deslizando pomposas na areia fina
sob a luz do sol, que o palco ilumina,
antes de ofuscar-se nas douradas plumas;
Quantos amores há entre a neblina,
nas noites quentes, na lua menina
que clareia os beijos em cada esquina
e no aroma da praia que o ar perfuma.
Em Capão da Canoa o amanhecer
é como se o sol emergisse do mar
e subisse mais alto em contemplação.
As vezes a lua espera pra ver
o sol no nascente se espreguiçar
e brilhar no sagrado pedaço de chão.
A calma aquietante de alvas espumas
deslizando pomposas na areia fina
sob a luz do sol, que o palco ilumina,
antes de ofuscar-se nas douradas plumas;
Quantos amores há entre a neblina,
nas noites quentes, na lua menina
que clareia os beijos em cada esquina
e no aroma da praia que o ar perfuma.
Em Capão da Canoa o amanhecer
é como se o sol emergisse do mar
e subisse mais alto em contemplação.
As vezes a lua espera pra ver
o sol no nascente se espreguiçar
e brilhar no sagrado pedaço de chão.
Gabriel S. Alves - 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo
2º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia
Capão da Canoa ...
'' Capão da Canoa, que cidade tão boa,
na praia ou na lagoa ,
ó Capão da Canoa
Cidade dos ''meus''
e abençoada por Deus
Aqui que nasci, e onde sempre vivi,
cobiçada por tantos , e habitada por poucos
esta cidade de loucos , onde descanso na praia
na beira ou na areia , com uma vela acesa ,
rezo pelos moleques com comida na mesa
que continuem longe da função
com amor no coração , um pedido lhe faço :
nunca nos quebrem os laços ,
ó Capão da Canoa
que no inverno frio e com pingos
e verão com bira e gringos ,
que não mude a hospitalidade
encontrado aqui na nossa cidade ,
onde morei , e aqui encontrei
aquela que me fascina
a pequena e doce menina
dos olhos de mel
com a beleza do céu
em fevereiro a encontrei
desde então jamais a deixei
aqui sou meu rei ,
se precisar eu te guiarei
pelas vilas e becos , desta cidade
onde nascem homens de verdade
e mulheres de grande dignidade ,
Capão não tem muro,
é aqui o futuro
e com poucas palavras ,
e algum sentimento
que termino aqui
esta poesia que a professora dizia ,
que nota valeria ''.
'' Capão da Canoa, que cidade tão boa,
na praia ou na lagoa ,
ó Capão da Canoa
Cidade dos ''meus''
e abençoada por Deus
Aqui que nasci, e onde sempre vivi,
cobiçada por tantos , e habitada por poucos
esta cidade de loucos , onde descanso na praia
na beira ou na areia , com uma vela acesa ,
rezo pelos moleques com comida na mesa
que continuem longe da função
com amor no coração , um pedido lhe faço :
nunca nos quebrem os laços ,
ó Capão da Canoa
que no inverno frio e com pingos
e verão com bira e gringos ,
que não mude a hospitalidade
encontrado aqui na nossa cidade ,
onde morei , e aqui encontrei
aquela que me fascina
a pequena e doce menina
dos olhos de mel
com a beleza do céu
em fevereiro a encontrei
desde então jamais a deixei
aqui sou meu rei ,
se precisar eu te guiarei
pelas vilas e becos , desta cidade
onde nascem homens de verdade
e mulheres de grande dignidade ,
Capão não tem muro,
é aqui o futuro
e com poucas palavras ,
e algum sentimento
que termino aqui
esta poesia que a professora dizia ,
que nota valeria ''.
Ânderson Miranda Ramos - 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo
3º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia
Capão, meu chão
Capão da Canoa, tem história todo dia,
Escrevo um livro em algumas linhas,
Ou conto um conto em poesia.
Capão é alegria,
Todo mundo vem um dia,
Mesmo fria eu vou querer,
É a praia que eu vou viver.
Não sei quantos querem sair daqui,
Mas eu quero ficar,
Não trocarei por nada a sorte,
De morar perto do mar.
E o calçadão, que encanta,
Quando visto cheio de gente,
Nota-se que o verão chegou,
E de repente, se espanta.
Aqui é meu chão, meu piso,
Se me perguntarem: ‘o que você vê aqui?’
Vou responder: ‘tudo que eu preciso’.
Capão da Canoa, tem história todo dia,
Escrevo um livro em algumas linhas,
Ou conto um conto em poesia.
Capão é alegria,
Todo mundo vem um dia,
Mesmo fria eu vou querer,
É a praia que eu vou viver.
Não sei quantos querem sair daqui,
Mas eu quero ficar,
Não trocarei por nada a sorte,
De morar perto do mar.
E o calçadão, que encanta,
Quando visto cheio de gente,
Nota-se que o verão chegou,
E de repente, se espanta.
Aqui é meu chão, meu piso,
Se me perguntarem: ‘o que você vê aqui?’
Vou responder: ‘tudo que eu preciso’.
Fillipe Stortti - 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo
4º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia
Muito bonita, a poesia que tirou o 2º lugar no 3º Concurso Literário Pindorama da 6ª Feira do Livro - categoria poesia.
ResponderExcluirQuero apenas denunciar que a autoria não é de Gabriel S. Alves - 3º Ano – Ensino Médio – I.E.Riachuelo.
Essa poesia É MINHA, composta a mais de 20 anos em homenagem à minha cidade, Balneário Camboriú/SC.
Acessem o site da blocos editora (www.blocosonline.com.br/)- onde postei essa e outras poesias - e verifiquem.
Não desejo nada em troca. Apenas que retifiquem a autoria.
Grato.
Genivaldo Alberto Custódio
Balneário Camboriú - SC