Minha
história com a Feira do Livro de Capão da Canoa está associada a
primeira edição do evento, em 2007. Em abril daquele ano organizou-se o
primeiro encontro de escritores do Litoral Norte/RS. A ideia da
professora Mariza Simon, grande luz para nós escritores litorâneos, era
agregar os escritores e levantar propostas para se ampliar os debates
entorno da produção literária da nossa região. Na pauta, estava a
discussão sobre como promover a cultura do livro no Litoral Norte/RS, a
possibilidade da produção de livros, a divulgação da cultura e do livro,
entre outros. Desse evento surgiu o que hoje é a AELN-Academia de Escritores do Litoral Norte gaúcho.
O convite feito pela Comissão
Organizadora da 7.ª Feira do Livro, em fevereiro, para que eu fosse o
patrono desta edição da feira me deixou extremamente lisonjeado e
honrado. Não apenas pelo reconhecimento do meu trabalho pessoal, não
mais do que singelo, mas pelo reconhecimento de uma ideia surgida com um
objetivo claro e que atendia plenamente aos interesses mais nobres e
pela qual tenho lutado nos últimos anos: a divulgação da literatura
litorânea como um todo e, é claro, da importância do livro na educação e
na produção do conhecimento.
Desde 2007 nós temos trabalhado com
afinco com esse objetivo. E quando digo “nós” não estou usando nenhum
eufemismo egocêntrico. A divulgação das atividades literárias, do livro e
da nossa literatura, é realizada com esforço, trabalho e dedicação de
todos aqueles que se dedicam de corpo e alma a esta causa. Quando
trabalhamos pela literatura, pelo livro e pela leitura em salas de aula,
em praças e eventos públicos, entre crianças e jovens, não estamos
esperando retorno financeiro ou público leitor para nossas obras,
estamos investindo no futuro. Bons leitores talvez se tornem bons
escritores, mas antes disso se tornarão bons críticos e cidadãos
atuantes, cônscios de sua responsabilidade perante a sociedade.
Assim, espero que a minha presença
como patrono da feira do livro em Capão da Canoa possa estar vinculada
não apenas ao lado pessoal e ao de trabalho – às pesquisas e a história
que me apaixonam – , mas ao que tenho também por ideal.
Obrigado Comissão Organizadora, obrigado caponenses, obrigado Capão da Canoa.
Rodrigo Trespach
http://www.rodrigotrespach.com/
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